quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

OS ESPÍRITAS E A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO


Bem, eu como espírita, há um tempo venho reparando quais são as posições dos espíritas em relação ao tema aborto. Aliás, este tema não é novo dentro do meio espírita e sequer há falta de conhecimento do ponto de vista da doutrina espírita e dos livros espíritas em geral. Ou seja, o que não falta é conhecimento para se digerir e se esclarecer sobre a questão do aborto e qual deveria ser a nossa posição como espírita quanto ao tema. Entretanto, há muito vem me intrigando as posições dos espíritas quanto ao aborto. O tema — por incrível que pareça, divide muitas opiniões, o que na minha opinião, não deveria acontecer com tamanha proporção. Compreendo que é natural as pessoas concordarem e discordarem em certos temas, mas nunca pensei que haveria tamanho embate devido à tanta informação que temos em nossas mãos sobre o assunto. Por esta razão, vim aqui escrever este artigo para expor minha opinião dentro dos meus conhecimentos que tenho sobre esta doutrina/religião maravilhosa que é o espiritismo e sobre os conhecimentos que eu tenho sobre a questão do aborto.

Afinal das contas, para o espírita é moralmente correto o aborto?

A resposta é: não. Não há duvidas quanto à isso. No livro dos espíritos, questão 358, Kardec pergunta aos espíritos: “Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?”
Resposta — “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou
quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.

E sobre os direitos do ser humano, foi categórica a resposta dos Espíritos
Superiores a Allan Kardec na questão 880 de O Livro dos Espíritos:

Pergunta — Qual o primeiro de todos os direito naturais do homem?
Resposta — “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra
a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal”.

É totalmente claro que o aborto é moralmente incorreto na visão espírita, e todos que conhecem os fundamentos básicos da doutrina sabem que o aborto constitui crime perante as leis Divinas. Logo, praticá-lo é errado e passível de consequências para o espírito encarnado que o pratica. Não obstante, este não é o argumento principal do espírita que é a favor da legalização do aborto, porque, este sabe que é errado, pois a doutrina é sempre clara e objetiva e não dá espaços para brechas e relativismos quanto à esta questão. Kardec deixa uma única exceção quanto ao aborto: é válido se a mulher corre o risco de perder a vida por complicações do parto.
Então, se o argumento principal do espírita não é moral, qual seria de fato o argumento?
O fato é que, os espíritas os quais eu debati, são contra a prática mas são à favor da legalização. Em outras palavras: “Eu não faço, mas se você quiser fazer por algum motivo X ou Y, está ok!”.
Esta linha de raciocínio poderia ser extremamente válida para as mais diversas questões, exceto o aborto. Do mesmo modo que, este argumento não é válido para falar sobre homicídios, ele não é válido para falar do aborto, estupros, escravidão e outros.
Em nenhum momento você diz: “Eu particularmente não mato ninguém, mas se você quiser matar por algum motivo X ou Y, está ok!” ou “Eu não estupro ninguém, mas se você quiser estuprar alguém por algum motivo X ou Y, está ok” ou “Eu não tenho escravos mas se você quiser ter um por algum motivo, está tudo bem!”. É claramente uma falácia quando a pessoa usa este tipo de raciocínio como se este pudesse abordar de maneira moral todos os tópicos.
Kardec também pergunta sobre quando se inicia a vida, para aqueles que tem dúvidas sobre isso. Na questão 344 de O Livro dos Espíritos, Kardec questiona os espíritos: “Em que momento a alma se uns ao corpo?”
Resposta — “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião
do nascimento. Desde o instante da concepção o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai
apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o
recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”

Ou seja, para muitos que são espíritas e leva em conta a ideia de que a ciência não determina onde começa a vida ou até mesmo que somente a partir dos 3 meses que o feto passa a ser um ser vivo, sabe muito bem que na verdade o espírito ali já está conectado e esperando o momento para se conectar de vez na hora do seu nascimento. Portanto, interromper o processo por métodos abortivos impede que o espírito possa ter uma nova chance, chance esta que pode ser a sua última devido o nosso processo global em rumo ao mundo de regeneração. Então, interromper a formação do feto é interromper toda uma programação para o espírito que está para encarnar/reencarnar. Mas… toda esta argumentação ainda não é o suficiente para o espírita ser contra a legalização do aborto do nosso país, ainda há outros pontos bem materialistas para serem derrubados e convencer de vez o espírita que a legalização do aborto seria realmente ruim, pois, até agora todos os pontos mencionados até aqui foram apenas do ponto de vista doutrinário/religioso e não realmente científicos e nem sociológicos.
Sobre a formação da vida

Muitos espíritas vêm comprando a ideia de que a vida apenas se forma a partir dos 3 meses ou que a ciência não determina onde realmente começa a vida ou não— ideias estas muito vendidas por movimentos pró-aborto, feministas etc. Mas o que a ciência realmente diz sobre isto?
O clássico manual de Langman sobre embriologia, utilizado nas faculdades de medicina para a aprendizagem do desenvolvimento humano inicial, explica, de maneira simples, o processo da fecundação: “Uma vez que o espermatozoide ingressa no gameta feminino, os núcleos masculino e feminino entram em contato íntimo e replicam o seu DNA”. Esta união gera uma nova célula, chamada zigoto.
Esta nova célula possui uma identidade genética própria, diferente da que pertence aos que lhe transmitiram a vida, e a capacidade de regular o seu próprio desenvolvimento, o qual, se não for interrompido, passará por cada um dos estágios evolutivos do ser vivo, até a sua morte natural.
Embora esta constatação não é unânime para todos os cientistas, esta ainda é um grande peso no meio científico. Mas a ciência é assim. Teorias e evidências são válidas para o meio científico. Portanto, por mesmo que algo seja consenso científico hoje, ainda pode haver uma minoria de cientistas que trabalham para provar suas teorias e botar em cheque o consenso acadêmico com novas evidências. A ciência está se renovando sempre, e isso é normal. A própria ciência já assegurou que a vida começa na fecundação 5 vezes. Confira aqui.
E o nosso grande dilema é: Em quem eu realmente acredito? Uma hora um zigoto/feto pode ser considerado vida, outrora considerado vida somente após os 3 meses quando o feto já está formando e assim adiante. Então, em que devemos nos pautar e como devemos nos pautar?

Argumento filosófico sobre a formação da vida



Além dos argumentos doutrinário-religioso, devemos entrar em um raciocínio também filosófico sobre a formação da vida. É imprescindível se pautar por meio da racionalidade e do bom senso — exatamente como Kardec nos pede. Portanto, seria impossível de tocar neste assunto sem entrar em questionamentos filosóficos.
A biologia básica nos diz que o zigoto é o estado pós-fecundação e onde começa o processo de desenvolvimento do feto para no futuro vir a nascer. Este processo é claro para todos e ninguém o nega. Logo, será que realmente podemos dizer que não há nenhum sinal de vida naquele que está em pleno processo de formação? A formação da vida não seria um indício da própria vida do ser? E o útero não seria o órgão que indica se há vida ou não dentro dele?
Sabemos que, os abortos espontâneos ocorrem de forma natural quando o útero rejeita o feto por algum motivo. Dentro dos principais motivos, o mais comum é a morte do feto/zigoto. Quando o útero percebe que não há mais indício de vida para o feto se desenvolver, ele o expele causando os abortos espontâneos, caso contrário, ele ainda persiste em assegurar o desenvolvimento do mesmo com complicações ou não. Não é a toa que, mesmo que o corpo esteja em má formação, o processo de desenvolvimento ainda continua até o momento do nascimento. Saiba mais sobre o aborto espontâneo aqui .
Logo, se os abortos espontâneos são causados pela morte do feto ou pelo fim de qualquer indício de vida que possa existir dentro do útero, então, por que ainda persistirmos na ideia de que o feto não tem vida? Ou de que ele apenas tem vida após 3 meses ou qualquer coisa do tipo? Se o próprio órgão feminino desenvolvedor da vida nos mostra que ali tem uma vida e repele o feto como objeto estranho quando este não tem condições de se formar e nascer, que mais respostas queremos? Não seria mais racional deixar que o útero decida o que é vida e o que não é? Especialmente se há alguma dúvida sobre quando começa a vida humana? É importantíssimo pensar sobre isso.

O lado social do aborto




Os principais argumentos sobre a legalização do aborto provém de alguns dados que dizem que as mulheres estão abortando muito mais sem a legalização e estão morrendo por causa das complicações do aborto em clínicas clandestinas em quantidades imensas. Estes dados provém do Instituto Allan Guttmacher que estima que 1 milhão de abortos ilegais ocorrem no Brasil por ano. Mas o que é o Instituto Allan Guttmacher?
O Instituto Allan Guttmacher se originou dentro da corporação abortista chamada Planned Parenthood Federation of America (PPFA), uma clínica fundada por Margaret Sanger, uma ex-enfermeira. Porém, o que poucos sabem sobre Margaret, é que ela discursou para a Ku Klux Klan (KKK) em 1926 para divulgar suas ideias de controle populacional e ter apoio da KKK. Margaret teve a grande idéia de fundar a PPFA para esterilizar a população, para diminuir o número de deficientes via aborto, inclusive para abrir espaço para o aprimoramento racial. Tudo isso no intuito de diminuir a população em geral, sobretudo a população negra dos EUA. Com o pretexto de estar lutando pelo direito de escolha das mulheres sobre os seus corpos ela venceu esta batalha. Hoje, a maioria das clínicas de aborto nos EUA ainda permanecem em bairros negros devido à luta de Margaret Sanger para a legalização do aborto na nação norte-americana. A primeira clínica da PPFA foi fundada no Brooklyn, um bairro negro, o que demonstra muito bem suas intenções eugenistas.
O Instituto Allan Guttmacher serve aos interesses da PPFA e desde sua fundação também tem o objetivo de levar adiante as ideias de planejamento familiar, vulgo, legalização do aborto. O instituto fora financiado pela PPFA por bastante tempo. Seu último financiamento recebido pela PPFA foi em 2013 em uma quantia de 13 milhões de dólares segundo o Instituto. Ainda hoje o Instituto recebe financiamento de organizações, agências governamentais e contribuições individuais. No site original do Instituto você pode encontrar a sua história e todas as informações aqui presentes. Acesse o site oficial.

Como podemos confiar em dados de instituições que têm como objetivo a própria legalização do aborto? É como confiar nos dados dos lobos sobre a segurança das galinhas. Caso queira saber com mais detalhes sobre estes dados, recomendo muito que você assista esta palestra abaixo do Bernardo P. Kuster. A duração é de 30 minutos mas vale a pena para entendermos como estamos tão vulneráveis em questão de estatísticas.

Tudo isso nos mostra que temos que ter muito cuidado com estatísticas e dados, especialmente sobre este tema tão delicado.

Consequências físicas do aborto


Muito se fala do aborto, no entanto, pouco se fala das consequências do mesmo.
Existem inúmeras complicações que podem afetar a mulher que induz um aborto, e algumas alterações físicas são:
As consequências são ruins, porém, é importante destacarmos sobre os sentimentos de culpa e crises de arrependimento, as variações de ânimo, depressão e os pesadelos. Isso não seria indicativos de que o aborto é um erro para todos?
Além das consequências de quem se submete ao aborto, há consequências também para os médicos abortistas. Deixarei um documentário chamado “Grito Silencioso”, que é sobre um médico abortista que ao ver pela primeira vez no ultrassom o procedimento que fazia diariamente, passou a optar não fazê-lo e ser contra a prática, criando inclusive um livro sobre isso. Ele conta também sobre os sonhos horríveis que tivera. Veja abaixo:

Outro vídeo que recomendo muito é o depoimento de Sara Winter, ex-ativista feminista, que conta um pouco sobre as consequências que tivera após um aborto. Veja abaixo.

Eugenia nos países legalizados


Você sabia que na Islândia onde o aborto é legalizado, segundo estatísticas, os fetos diagnosticados com síndrome de down foram abortados em 100%? Na França, em 77% e nos EUA, 67%?. Fonte aqui.
É fato que, com a legalização do aborto, as crianças com algum tipo de deficiência serão abortadas no ventre materno. A política se assemelha ao eugenismo nazista de Hitler. Segundo o mesmo, deveria haver uma raça pura e perfeita e para isso deveria se eliminar os deficientes e as outras etnias, e um dos modos para fazer isto, era o aborto.

As consequências espirituais da legalização do aborto

Você, espírita. Já parou para pensar como deve ser a vibração de uma clínica de aborto? Já parou pra pensar em quantos espíritos podem estar se aproveitando tanto dos fluídos do local quanto dos próprios restos dos fetos ali retirados? Já parou pra pensar no que os espíritos de má fé podem fazer com isso? Não? É bom começar a pensar agora.
A verdade é que, a legalização do aborto no mundo é um ataque aos espíritos de evolução mais alta que estão reencarnando no nosso planeta. Pelos estudos, sabemos que estamos entrando no que chamamos de “Mundo de Regeneração” e sabemos que os espíritos que estão reencarnando também são espíritos muito evoluídos. Atrapalhar a evolução do planeta é um dos principais objetivos dos maus espíritos, porque eles sabem que serão expatriados e levados para reencarnar em um mundo mais primitivo que o nosso.

Mais alguns argumentos falaciosos ou chulos sobre o assunto



  • Você é homem, não pode opinar sobre o aborto.
  • O feto é o corpo da mulher. Meu corpo, minhas regras.
  • É apenas um amontoado de células
  • Não se pode obrigar a mãe criar a criança.
  • Em caso de estupro, a mulher deve abortar.
  • Pode ocorrer de os métodos contraceptivos falharem.
  • A população do Brasil está crescendo demais e por isso o aborto se faz necessário.
  • Se não abortar, a criança criada em um ambiente ruim se tornará um bandido, um assassino, etc.
  • Quando é um feto, vocês querem preservar a vida, quando é adulto, vocês querem pena de morte.
  • Ricas abortam, pobres morrem.
Respostas
  1. Como a relação sexual não foi praticada de modo individual por parte da mulher, onde o aborto é legalizado, o homem, como pai do nascituro a porvir, também deve ter ao menos o direito de decidir ser pai ou não — o que a amenizaria a situação e o que seria mais justo. Entretanto, a mulher que decide tudo mesmo que a pensão da criança seja bancada pelo pai futuramente. Há casos onde a mulher droga o marido, o estupra para receber pensão pela criança futura. O aborto é um tema que deve ser debatidos por todos, sem exceção. Tal tipo de comentário é sexista, pois, nega o argumento baseado no que a pessoa não escolheu, que é o seu sexo. Este argumento não seria válido caso fosse o contrário, como: “Você é mulher, não pode opinar sobre coisa X ou Y”.
  2. O feto não é o corpo da mulher de modo algum. Nenhum cientista, biólogo que se preze, diz que a mulher é o próprio feto se desenvolvendo. Isso é anti-científico.
  3. É um ser se desenvolvendo. Todos somos um grande amontoado de células e átomos e somos seres vivos.
  4. Sim, é verdade. Por isso, há orfanatos para adoção. É duro, mas é uma opção, especialmente caso a mãe não puder ter condições financeiras para criar a criança. Ao fazer isto, as consequências físicas e espirituais do aborto são evitadas.
  5. A criança não deve perder a vida por causa de um erro de outrem. Não se justifica um erro com outro. Nestes casos, a pílula do dia seguinte evita e muito disso acontecer. Não são fatos que acontecem em grandes proporções devido à isso. E sob a legislação brasileira, é possível abortar em caso de estupro e esta exceção da lei vigora por muito tempo.
  6. Em torno de 1% as falhas de contraceptivos. Também não é uma proporção imensa. Podem também ser evitados se utilizarem mais de 1 método para que isto não ocorra. Ex: camisinha e pílula do dia seguinte.
  7. Há muitos estudos, inclusive, discussões sobre a previdência social quanto à isso. Por incrível que pareça, o Brasil hoje faz muito menos filhos do que o Brasil de antigamente. A grande discussão da previdência é que o país vai ter muitos idosos para poucos jovens sustentarem os mesmos. Há economistas preocupados com a situação. Em média por cada 1000 habitantes, 14 crianças nascem no Brasil segundo o Index Mundial. Veja um vídeo do economista Marcos Lisboa sobre esta questão demográfica e a crise na previdência se não reformá-la aqui
  8. Como espíritas, deveríamos saber que é o caráter do espírito que vai levá-lo para o caminho bom ou ruim e não sua condição social. O pensamento é elitista, pois, nem todo pobre e moradores de comunidade se tornam ou se tornaram bandidos.
  9. A criança dentro do útero materno não cometeu nenhum crime. Portanto, mesmo que fôssemos à favor da pena de morte (acredito que muitos espíritos não são), o criminoso deve responder pelos seus atos. A criança em desenvolvimento, está isenta de qualquer crime no plano material.
  10. Não é permitido pela legislação e não existe nenhum procedimento de aborto legal no país. É tanto errado pra um quanto para o outro. Novamente, o erro de um não justifica o erro de outro.
Todos os argumentos deste artigo não são baseados em emoção. Concordo que são argumentos duros sim, porém, quando falamos de vidas em jogo, argumentos devem ser lógicos, racionais e de bom senso e sem apelos emocionais. Apelos emocionais nos induzem ao erro.
Um exemplo: foi duro também enviar homens para morrer nas praias da Normandia no Dia-D. Caso o argumento emocional fosse válido, os de homens de alto escalão do exército não mandaria tantos homens em uma missão suicida e preservaria a vida deles, contudo, isto teria um custo enorme que seria a perca da liberdade e o domínio nazista no mundo. Sabe se lá, como deve ter ficado a cabeça de cada pessoa mandante da missão. Eram jovens morrendo.
Outra coisa importante a se dizer é: não estou aqui pra julgar a pessoa que comete o aborto. É inviável julgar esta pessoa, sabe se lá, o que passa na cabeça de cada pessoa e o que cada pessoa passa em sua vida. Não cabe a mim nesse texto julgar as pessoas, e sim, esclarecer que o aborto é um erro e a legalização do aborto apenas traria consequências ainda piores, como a eugenia. Os próprios vídeos expostos mais acima, da ex-feminista Sara Winter, e do ex médico abortista no documentário “Gritos Silenciosos”, mostra muito bem como as pessoas podem mudar mesmo tendo cometido erros como este. Sempre é tempo de mudar, repensar as atitudes e seguir em frente.
Como o título do artigo deixa claro, este texto, é focado nos espíritas. E como temos um conhecimento sobre esta questão do aborto e não há nenhum livro espírita que seja à favor do aborto, nossa atitude deveria ser uma atitude mais conservadora e estar em busca dos argumentos pró-vida devido à própria doutrina/religião e não se render aos argumentos à favor do aborto tão fácilmente. Está bem claro que os argumentos pró-aborto são bem estruturados, e por isso, induzem ao erro sobre a legalização. Sinto que cabe a mim e outras pessoas que estudam estes assuntos, trazerem uma outra opção, uma nova visão sobre os fatos.
O que deveríamos fazer se a legalização do aborto for aprovado no Brasil?
Ser primeiramente contra abortos via SUS. O SUS muita das vezes não tem capacidade de atender caso normais e está em estado precário em vários lugares do país. É bom lembrar que o SUS é sustentado com dinheiro dos impostos dos cidadãos, e por isto, você não deve ser obrigado a pagar imposto por aquilo que você condena.
Se por acaso, o aborto no Brasil for legalizado, devemos lutar para que as clínicas de aborto sejam privadas no intuito de amenizar a situação. Instituições privadas precisam de lucro para se sustentarem, logo, precisam sempre ter demanda. Se a demanda não for suficiente para pagar todas as despesas e ainda tirar o lucro dos serviços, as clínicas fecham.
E para diminuir ainda mais os casos de, a instrução sobre o aborto deve continuar, e os espíritas para isso, devem se unir para instruir outras pessoas, especialmente os espíritas pró legalização.
Esperamos que este artigo tenha sido útil pra você.
Obrigado por ler até aqui, compartilhem ao máximo, recomendem para os espíritas, façam palestras sobre o tema e fiquem a vontade para compartilhar os argumentos daqui, caso for de sua vontade.
Instituto Espírita Vida

AS DROGAS E SUA REPERCUSSÃO ESPIRITUAL

O efeito destruidor das drogas é tão intenso que extrapola os limites do organismo físico da criatura humana, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual. Tal situação, somada àquelas de natureza fisiológica, psíquica e espiritual, principalmente as relacionadas com as vinculações a entidades desencarnadas em desalinho, respondem, indubitavelmente, pelos sofrimentos, enfermidades e desajustes emocionais e sociais a que vemos submetidos os viciados em drogas.
Em instantes tão preocupantes da caminhada evolutiva do ser humano em nosso planeta, cabe a nós, espíritas, não só difundir as informações antidrogas que nos chegam do plano espiritual benfeitor que nos assiste, mas, acima de tudo, atender aos apelos velados que esses amigos espirituais nos enviam, com seus informes e relatos contrários ao uso indiscriminado das drogas, no sentido de envidarmos esforços mais concentrados e específicos no combate às drogas, quer no seu aspecto preventivo, quer no de assistência aos já atingidos pelo mal.

A ação das drogas no perispírito


Revela-nos a ciência médica que a droga, ao penetrar no organismo físico do viciado, atinge o aparelho circulatório, o sangue, o sistema respiratório, o cérebro e as células, principalmente as neuroniais.
Na obra “Missionários da Luz” – André Luiz ( pág. 221 – Edição FEB), lemos: “O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual.” Em “Evolução em dois Mundos”, o mesmo autor espiritual revela-nos que os neurônios guardam relação íntima com o perispírito.
Comparando as informações dessas obras com as da ciência médica, conclui-se que a agressão das drogas ao sangue e às células neuroniais também refletirá nas regiões correlatas do corpo perispiritual, em forma de lesões e deformações consideráveis que, em alguns casos, podem chegar até a comprometer a própria aparência humana do perispírito. Tal violência concorre até mesmo para o surgimento de um acentuado desequilíbrio do Espírito, uma vez que “o perispírito funciona, em relação a esse, como uma espécie de filtro na dosagem e adaptação das energias espirituais junto ao corpo físico e vice-versa.
Por vezes o consumo das drogas se faz tão excessivo, que as energias, oriundas do perispírito para o corpo físico, são bloqueadas no seu curso e retornam aos centros de força.

A ação dos espíritos inferiores junto ao viciado

Esta ação pode ser percebida através das alterações no comportamento do viciado, dos danos adicionais ao seu organismo perispiritual, já tão agredido pelas drogas, e das conseqüências futuras e penosas que experimentará quando estiver na condição de espírito desencarnado, vinculado a regiões espirituais inferiores.
Sabemos que, após a desencarnação, o Espírito guarda, por certo tempo, que pode ser longo ou curto, seus condicionamentos, tendências e vícios de encarnado. O Espírito de um viciado em drogas, por exemplo, em face do estado de dependência a que ainda se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga. Somente a forma de satisfazer seu desejo é que varia, já que a condição de desencarnado não lhe permite proceder como quando na carne. Como Espírito precisará vincular-se à mente de um viciado, de início, para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga, posteriormente, para saciar sua necessidade, valendo-se para tal do recurso da vampirização das emanações tóxicas impregnadas no perispírito do viciado, ou da inalação dessas mesmas emanações quando a droga estiver sendo consumida.
“O Espírito de um viciado em drogas, em face do estado de dependência a que se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga.”
Essa sobrecarga mental, indevida, afeta tão seriamente o cérebro, a ponto de ter suas funções alteradas, com conseqüente queda no rendimento físico, intelectual e emocional do viciado. Segundo Emmanuel, “o viciado, ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daquelas, tornando-se enfermiço, triste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos”.
Diante dos fatos e dos acontecimentos que estão a envolver a criatura humana, enredada no vício das drogas, geradoras de tantas misérias morais, sociais, suicídios e loucuras, nós, espíritas, não podemos deixar de considerar essa realidade, nem tampouco deixar de concorrer para a erradicação desse terrível flagelo que hoje assola a Humanidade. Nesse sentido, urge que intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as ações de ordem preventiva e terapêutica, já em curso em nossas Instituições, e que, também, criemos outros mecanismos de ação mais específicos nesse campo, sempre em sintonia com os ensinamentos do Espiritismo e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida.


Reformador – Março/98

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

TRABALHO E DOAÇÃO


Por Iraponan Arruda (Coordenador Geral do Instituto Espírita Vida)

Cada vez mais estamos conscientes que estudar é preciso, trabalhar é necessário e amar ao próximo o melhor caminho para chegar à Deus.
O trabalho, a consciência do trabalho, da atividade constante em prol de nós mesmo e de outrem, é necessidade evolutiva e oferecida a todos em igualdade de condições, depende de nós, diante das responsabilidades assumidas, colocarmos a prova as nossas atitudes.
Nos mundos mais evoluídos e nos inferiores, a natureza do trabalho não é a mesma, pois que ela está diretamente ligada às necessidades de cada um, sendo a inatividade, a ociosidade, um verdadeiro suplício
Diz o Cap. XXV, E.S.E - item 3:
“Se Deus houvesse isentado o homem do trabalho do corpo, seus membros estariam atrofiados; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal; por isso, lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e achará, trabalha e produzirás; dessa maneira, serás o filho das tuas obras, delas terás o mérito e serás recompensado segundo o que tiveres feito”.
Há, entretanto, uma outra forma de trabalho, este que não rende moeda, nem produz conforto maior, tampouco crescimento permanente da conjuntura econômica. Este é o trabalho-abnegação, do qual não produz troca ou remuneração, mas que redunda em crescimento de si mesmo no sentido moral e espiritual. Modernamente a este trabalho dá-se o nome de TRABALHO VOLUNTÁRIO.
Jesus é exemplo dos dois tipos de trabalho. Enquanto carpinteiro, dedicado, com José laborava. Ele, ativamente, mostrando a importância do trabalho, ensinando que o trabalho em atividade honrada é o dever primeiro para a manutenção do corpo e da vida terrena. Seguidamente a isto teve Jesus um ministério de amor, um verdadeiro trabalho de autodoação até o sacrifício da própria vida.
Seu exemplo infunde coragem estimula o trabalho-serviço, o trabalho-redenção, fraternal, procurando manter a sociedade unida, acalentando os menos favorecidos, dando conforto aos necessitados de toda ordem, sem esquecer os nossos irmãos de outros reinos.
Realiza o teu compromisso, por menos significante que te pareça, pois que esta será a base para grandes realizações futuras.
Às vezes é preciso grandes catástrofes para despertar o bem em nós. Acredito sempre que depois das tempestades, o sol nasce com mais brilho. É preciso despertar consciências e talvez agora de maneira mais ampla e urgente. Porque é urgente reeducar.

Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” Pedro 1: 4.10.