Nesta terça-feira (22/01) os Estados Unidos lembram os 40 anos do caso Roe versus Wade, que legalizou o aborto no país, e do caso Doe versus Bolton, que estendeu a permissão de abortar para qualquer momento da gestação. A data é repercutida em vários veículos de comunicação, mas a matéria publicada pelo Life Site News […]
Por Jônatas
Dias Lima - Sempre Família/Blog da Vida
Nesta
terça-feira (22/01) os Estados Unidos lembram os 40 anos do caso Roe versus Wade, que legalizou
o aborto no país, e do caso Doe
versus Bolton, que estendeu a permissão de abortar para qualquer momento da
gestação. A data é repercutida em vários veículos de comunicação, mas a matéria publicada pelo Life Site
News (LSN) – possivelmente o site
pró-vida mais visitado no mundo – é especialmente chocante para quem não
conhece os detalhes desses processos. O site resgata os pronunciamentos das
protagonistas dos dois casos, afirmando que se arrependeram, que foram usadas
pelos advogados e que mentiram.
Os fatos parecem
tão espantosos que é difícil entender como uma fraude dessas não é mundialmente
conhecida. O LSN responde apontando os esforços da campanha abortista em calar
quem insiste em retomar a história dos processos, e a influência de uma
imprensa bastante conivente com essa causa, que se empenha em varrer para
debaixo do tapete a constrangedora deserção das duas mulheres que se tornaram
símbolo do aborto no país.
No meio do turbilhão
de notícias a respeito do aniversário da sentença, Sandra Cano, o nome real de Mary Doe, emitiu uma nota por
meio de uma agência de notícias cristã pedindo a reversão da sentença que leva
seu pseudônimo. A nota foi reproduzida neste blog.
Em 1970, quando
o processo foi aberto, Sandra tinha 22 anos, estava grávida de seu quarto
filho, depois de perder a guarda dos dois primeiros e adotar o terceiro. Pobre,
com pouca instrução e sérios problemas conjugais, ela afirma que nunca pensou
no aborto como sua primeira opção, e que teria sido enganada pela advogada a
assinar uma declaração em que solicita esse direito. Ela conta que chegou a
fugir do estado quando sentiu a pressão da advogada e da própria mãe para que
abortasse. A história é contada em mais detalhes numa edição do Atlanta
Journal, de dez anos atrás .
Em 2003, Sandra
abriu outro processo judicial para tentar anular a sentença que se refere a ela
– confira a íntegra da petição -, mas seu pedido foi rejeitado pela
Suprema Corte. Na nota emitida na semana passada, ela afirma ter sido
“fraudulentamente usada pelo Judiciário para trazer o aborto à América”
(tradução livre).
Jane Roe
O caso de Norma
McCorvey é ainda mais emblemático. Ela é a “Jane
Roe” do caso Roe versus Wade, o principal
processo sobre o tema nos Estados Unidos, citado em praticamente todas as
discussões jurídicas sobre aborto há quatro décadas.
Durante muito
tempo ela foi uma típica ativista defensora do aborto, incluindo o período que
envolveu o processo. Em 1995, depois de conviver com membros de uma organização
pró-vida que se tornaram seus vizinhos de escritório, ela abandonou a antiga
militância e admitiu ter inventado a história sustentada em seu processo.
O LSN reproduz a
seguinte citação, que teria sido veiculada no ano passado: “Estava convencida a
mentir e dizer que fui estuprada, e que precisava de um aborto. (…) Foi tudo
uma mentira” (tradução livre). Em outro trecho ela diz que levará para a
sepultura o fardo de 50 milhões de bebês que foram assassinados.
No ano passado,
Norma ganhou algum destaque da mídia por aparecer em vídeos contrários à
eleição do presidente Barack Obama, que é favorável à legalidade do aborto.
Segundo a
organização Human Life International, em
1993, durante um discurso feito no Instituto de Ética da Educação, em Oklahoma,
a advogada que defendeu Roe, Sarah Weddington, tentou explicar porque se baseou
na falsa acusação de estupro para chegar à Suprema Corte. “Minha conduta pode
não ter sido totalmente ética. Mas eu fiz por que pensei que havia boas
razões.”, disse Sarah, conforme publicado pelo Tulsa World, jornal local do
estado de Oklahoma, na edição de 24 de maio do mesmo ano.
Em 2003, numa
tentativa muito parecida com a de Sandra, Norma também pediu a reabertura de Roe versus Wade. A petição foi
igualmente rejeitada. Na época a CNN publicou uma reportagem
mostrando a transformação de McCorvey .
A autobiografia
de Norma McCorvey pode ser adquirida na Amazon.
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