sábado, 27 de fevereiro de 2016

NOTA SOBRE MICROCEFALIA E A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO

 INSTITUTO ESPIRITA VIDA - PERNAMBUCO

O ano de 2015 foi marcado pelo alerta significativo do Ministério da Saúde quanto ao aumento de casos do nascimento de bebês com microcefalia, especificamente no na região Nordeste, se comparado a uma serie histórica dos últimos anos, que demonstram também, segundo as estatísticas, uma maior incidência no Estado de Pernambuco.
Em meio a esta alteração da amostra de ocorrências de casos de microcefalia em recém-nascidos, surge juntamente ao fato, uma série de opiniões e recomendações para a descriminalização do aborto, ou seja, a liberação para a interrupção voluntária da gravidez por meio da prática do abortamento, em gestações de bebês Microcéfalos.
A este fato, que envolve toda a sociedade brasileira, o Instituto Espírita Vida do Estado de Pernambuco, em nome dos seus representantes legais, traz suas considerações a respeito do caso.
Primeiramente, como uma instituição religiosa, sem fins lucrativos, que tem como cerne a defesa da vida humana desde a concepção, promovendo ações de esclarecimento, na visão espírita, sobre as consequências físicas, psicológicas, espirituais e sociais da prática do aborto, entende que, a utilização do livre arbítrio, que possui o ser humano, para o uso de suas vontades, restringe as práticas que venham a violar o direito, do próximo, o direito à vida, transgredindo as Leis de Deus, que são imutáveis. Pois, o primeiro de todos os direitos naturais do homem é o de viver (KARDEC, 2004 - Livro dos Espíritos - per. 880), assim como o é na Lei dos Homens.
Os postulados Doutrinários da Codificação Espírita, que se rege por uma fé raciocinada, mostram que a prática do abortamento traz consigo consequências incomensuráveis, para a mãe, para o profissional que praticou e para quem induziu a realiza-lo, levando consigo para outras vidas as marcas do delito de um bem sagrado, a Vida; desvelando que o ser humano tem um principio inteligente, do qual é imortal.
A permissão do nascimento, para que um espírito desempenhe o que lhe é destinado, é permitir que a Lei de Amor seja cumprida. É permitir que o outro retorne e refaça caminhos, antes feitos de maneira tortuosa.
O uso de um acontecimento para incentivar a legalização de uma prática comprometedora (o aborto) é não utilizar-se de princípios básicos, como a compaixão, daquele se que está se desenvolvendo com uma determinada dificuldade e, necessitará de todo o apoio para seu desenvolvimento da forma mais saudável possível; o desrespeito ao outro, induzindo o abortamento e levando a mãe às futuras consequências físicas, psicológicas e espirituais que a prática resulta.
Os profissionais que entendem, na prática, as consequências que a interrupção voluntária da gravidez irá causar, e ainda assim a induz, é lavar as mãos para o verdadeiro dever social, o dever de cuidar daquele que necessita de todo o apoio para sua motivação e bem estar psicológico e social, para assim olhar com amor e carinho aquele ser que está sendo gestado e que é seu fruto.
Estas crianças – microcéfalas- não devem ser punidas pela falta de compromisso dos pais, gestores e profissionais, que entendem de forma equivocada, que o melhor e mais rápido caminho para se resolver o problema atual é legalizando o aborto.
Por isso que, enquanto cidadãos, cristãos, conscientes do dever perante o próximo, se faz necessário levar ao conhecimento de toda a sociedade a importância do esclarecimento dos fatos, conscientizando sobre as diversas consequências, aqui citadas e que nada ocorrerá nesta vida por um acaso. Todos os fatos que envolvem cada Ser estão prescritos nas Leis Divinas.
Doenças quaisquer, como a Microcefalia, não devem ser, nunca, o motivo para o Ser humano agir sob o sentimento do egoísmo, chaga maior da humanidade, e findar a oportunidade do próximo.
O melhor caminho será sempre o AMOR.
27/02/2016



Micheline Gonçalves
Coordenadora Geral do Instituto Espírita Vida   

sábado, 13 de fevereiro de 2016

MICROCEFALIA E O DIREITO AO ABORTO

(uma análise espírita dos fatos)

*Por Iraponan Arruda – Especialista em Psicologia e Direitos Humanos


O DIREITO DE ESCOLHA: 
Não há dúvidas que deve-se respeitar e reconhecer o direito que mulheres e homens têm de tomar decisões e fazer opções existenciais como a de engravidar ou não, de querer ou não dois, três, dez ou nenhum filho; em que momento da vida gestar e parir, ou evitar uma gravidez (note que evitar é antes de engravidar).

CADEIRA OBRIGATÓRIA:
Ter um filho é por si só uma grande responsabilidade que implica cuidados quase que permanente. Educação intelectual, moral, cultural, carinho, atenção, estímulos, desenvolvimento físico e psicológico são cadeiras obrigatórias para quem quiser embarcar na fantástica e feliz “aventura” de vivenciar a maternidade e a paternidade com responsabilidade.

A COLHEITA É OBRIGATÓRIA:
Todos concordam que é de entristecer o coração quando ouve-se o diagnóstico médico informando que a criança tão esperada tem alguma má formação, ou algum transtorno psiquiátrico,  principalmente quando a família não tem o conhecimento espírita. Para uma família espírita a criança é, na verdade, um espírito que já vivenciou outras vidas e que experienciará, nesta,  junto àquela família, momentos de renovação, de reajustes, da colheita obrigatória, do que se plantou em outras existências, como é o caso dos anencéfalos, dos dementados, dos aleijões, dos portadores de microcefalia e tantos outros.

SACRIFÍCIO NOBILITANTE
Nesses casos, quase sempre, os pais têm um passado escabroso de iniquidade e de dor a expiar. Poucos recebem esses espíritos como missão de amor, mas a grande maioria, em provação, os recebem como sacrifício nobilitante, com o fim de caminharem juntos à luz do amor, do perdão,  com foco na construção e reconstrução do ser existencial.
E a reencarnação cumpre, nesses casos, o seu papel canalizador do amor, onde o esquecimento do passado enterra o ódio, e guerras são postas nos museus, para que em todos nós impere o imenso amor de Deus.

POR QUE A MENTIRA?
Quando vemos matérias circulando nos jornais dando notícias equivocadas, de pessoas equivocadas, sobre o suposto direito equivocado de homens e mulheres poderem assassinar os seus próprios filhos, através do abortamento, como forma de livrarem-se de um possível problema, como a microcefalia, só entendemos o porquê dessa correria para se dar falsos informes, distribuindo a mentira, assinada por pretensos missionários da medicina e dos direitos humanos, quando percebemos a verdadeira intenção por trás da fala: as chances de participarem dos lucros milionários advindo das indústrias aborteiras internacionais, que lutam há anos para se instalarem no Brasil.

MAS SE O ABORTO É UM PROBLEMA, COMO PODE SER SOLUÇÃO?
Além do mais há os “alienados” necessários e utilitários, usados e treinados nos movimentos sociais ditos de minorias, nas universidades e escolas, pelas organizações aborteiras internacionais (NARAL, FORD e a própria ONU, através da sua “Comissão dos Direitos Humanos”, que defende o aborto como um direito humano da mulher) que lutam em nome de um suposto direito de escolha. Com seus gritos de ordem trazem o discurso falacioso do aborto como solução, sem sequer preocuparem-se, por alienação, lucro ou por pura maldade, com as consequências físicas, psicológicas, sociais e espirituais do abortamento, dolorosas tanto para o bebê, quanto para a mulher e os envolvidos no assassinato da criança. Consequências comprovadas pela ciência de cada área aqui citada.

CONSIDERAÇÕES
Deparando-nos com mais uma intentona contra a vida do nascituro, por meio da dita epidemia mundial do zika vírus, causadora da microcefalia (há discordâncias sérias no âmbito científico), a doutrina espírita nos dá a possibilidade de compreendermos toda esta tribulação que vem ocorrendo em meio aos achados de casos dessa má formação. Tais situações, em geral, tem suas causas em vidas passadas, onde, o espírito traz em seu perispírito a fôrma que moldará o novo corpo para a atual encarnação. As informações do passado esperará apenas o momento exato para a aplicação da lei de causa e efeito, de ação e reação, conforme explicado nos livros da Codificação Kardeciana.

Com isso, resta-nos, enquanto espíritas, e em nome do Espiritismo, alertar e esclarecer consciências acerca das ilusórias fugidas da responsabilidade de ser pai ou mãe de uma criança microcéfala.

Ninguém foge as convocações do reajuste com a Lei Divina sem graves consequências. O renascer é a maior prova do amor de Deus para conosco, na reparação das faltas do passado.

Oportunizar a gestação dos filhos, que são pérolas emprestadas dos “céus”, ainda que sejam “vitimadas” com má formação ou outras quaisquer dificuldades, é receber no ventre materno a imensa misericórdia Divina para refazer os passos e valorizar a vida humana, da fecundação a morte natural. 


*Iraponan Chaves de Arruda
Graduado em Gestão de Segurança Pública (foco: Controle da Natalidade e Soberania Nacional)
Pós-graduado em Psicologia e Direitos Humano (foco: Consequências Físicas, Psicológicas e Sociais do Aborto)

Palestrante e Coordenador de Orientação Doutrinária do Instituto Espírita Vida/PE